sábado, 25 de maio de 2013

Doce amargo

Um dia eu acordei assim, meio que precisando sorrir mais pra vida. Disseram-me que um dia sem sorrir é um dia desperdiçado. Acho que concordei. Eu valorizo muito minhas lagrimas, mas não estava percebendo o valor real do meu sorriso. Talvez seja porque a gente as vezes ri a toa, e nem percebe que está feliz. As vezes a gente se força a sorrir quando quer chorar. Quando bate a tristeza que vem um tornado dilacerando e explodindo em pensamentos a muito já guardados, sentimos falta daquele riso que foi tão corriqueiro que passou e agente, nem viu.
E então eu prometi, prometi pra mim que não me abalaria mais com certas coisas, que não deixaria nada que não fosse realmente importante, com uma importância bem grande mesmo, me afetar mais. O mundo te joga pra baixo, está individualista mesmo, e está na hora de acordar pra vida minha filha, foi o que eu disse pra mim mesma. Falei que eu podia ser jogada no chão, mas que seria muito difícil alguém me machucar.
Ai, boba eu, tão boba eu e meu coração mole, que toma dor dos outros, que esconde a sua dor, que nem consegue lidar com a próprio ferimento formado dentro desse mole coração. E o tempo passou, e nada mudou.
 Sabe quando você se perde em você mesmo, cria promessas que você não consegue cumprir. Antes fosse promessa aos outros, porque estas, geralmente a gente cumpre. O difícil é cumprir  promessas feitas por nós mesmos para a gente mesmo. Aquelas que deixam parte do destino nas nossas mãos, que mudam diretamente nossa vida, sem correr o risco de ter uma interferência chata de alguém.

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