sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Detenta em suas próprias correntes

Sozinha, em meio a mil pessoas.
Assim ela se sente.
A garota é ouvida, vista e entendida. Mas jamais sentida.
Quem a vê sorrindo, não sabe ou percebe tamanho esforço que ela faz para conseguir tal.
Se ela sorri é para deixar alegres os que a amam, e não deixar quem não gosta dela exultante.
Mas tudo não passa de uma farsa, uma farsa que ela alimenta para seu próprio bem estar.
Ela não quer ter de explicar as suas tristezas, não quer explicar porque a sua alma insiste em chorar.
Aprisionada.
Feita refém em suas próprias escolhas, como um detento que não sabe ao certo quando será livre de novo.
Como um detento, ela projeta, calcula e executa seu plano de fuga. Sem
NUNCA obter êxito.
Mas assim como um detento, ela continua presa e acorrentada aos seus atos e escolhas passadas, e assim, não podendo nunca sentir a alma liberta para a vida
.

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